Não há nada de errado com o transplante de Faustão
A rapidez na execução do transplante do apresentador Fausto Silva levou a uma série de teorias conspiratórias nos últimos dias. O barulho foi tanto que o Ministério da Saúde chegou a divulgar uma nota para...
A rapidez na execução do transplante do apresentador Fausto Silva levou a uma série de teorias conspiratórias nos últimos dias. O barulho foi tanto que o Ministério da Saúde chegou a divulgar uma nota para dizer que a situação de Faustão justificou a prioridade. Também neste domingo, outros sete pacientes passaram por cirurgias semelhantes, destacou o governo.
“A lista para transplantes é única e vale tanto para os pacientes do SUS quanto para os da rede privada. A lista de espera por um órgão funciona baseada em critérios técnicos, em que tipagem sanguínea, compatibilidade de peso e altura, compatibilidade genética e critérios de gravidade distintos para cada órgão determinam a ordem de pacientes a serem transplantados. Quando os critérios técnicos são semelhantes, a ordem cronológica de cadastro, ou seja, a ordem de chegada, funciona como critério de desempate. Pacientes em estado crítico são atendidos com prioridade, em razão de sua condição clínica”, esclareceu o Ministério na nota.
Faustão permaneceu internado por 22 dias até passar pelo transplante. O tempo de espera por uma operação como essa costuma variar de um a três meses, mas pode ser encurtado a depender da gravidade do paciente, como vários especialistas comentaram. Sua cirurgia durou 2h30 e foi considerada um sucesso.
João Guilherme Silva, filho do apresentador, foi às redes sociais neste domingo pedir para as pessoas se informarem antes de julgar. “Não façam ilações ou acusações irresponsáveis de furação de filas ou interesses escusos”, pediu no post.
Mulher de Faustão, Luciana Cardoso postou nesta segunda-feira uma “carta aberta de agradecimento” em nome do marido. Além de agradecer pelo apoio dos fãs do apresentador, ela se dirigiu à família do doador, “essa família abençoada em que um momento de dor e sofrimento disse SIM e permitiu que não só o Fausto pudesse ter mais tempo ao lado dos filhos, como tantos outros receptores que hoje estão comemorando essa superação”.
“Fiquei muito feliz em saber que aqui, nesse mesmo hospital, uma pessoa através do SUS também recebeu desse mesmo receptor outro órgão e sua segunda chance de vida”, diz a carta aberta.
A desconfiança, em um país como o Brasil, em que os privilégios de poderosos costumam indignar, é justificável, mas é preciso ter algum elemento que a embase. Nenhum dos envolvidos no procedimento de Faustão levantou qualquer suspeita sobre sobre o transplante. Até que algo assim ocorra, não há por que espalhar teorias infundadas sobre o transplante.
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