Criador do acrônimo Bric não vê sentido em expansão dos Brics
Criador do acrônimo Bric —Brasil, Rússia, Índia e China, antes de o ingresso da África do Sul transformá-lo em Brics— o ex-economista do Goldman Sachs Jim O’Neill (foto) afirmou ao Estadão estar “quase a ponto de dizer que o Brics acabou”...
Criador do acrônimo Bric —Brasil, Rússia, Índia e China, antes de o ingresso da África do Sul transformá-lo em Brics— o ex-economista do Goldman Sachs Jim O’Neill (foto) afirmou ao Estadão estar “quase a ponto de dizer que o Brics acabou”.
Rindo, O’Neill acrescentou que só não excluiu o “quase” da frase porque o acrônimo é seu, mas acrescentou não ver muito sentido em um Brics expandido. Nesta quinta (24), durante reunião em Johannesburgo, a cúpula do bloco oficializou o convite a mais seis países: Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes, Etiópia e Irã.
O economista, que hoje é professor honorário da Universidade de Manchester (Reino Unido), disse estar surpreso com o fato de o Brasil ter aceitado os novos integrantes, já que eles diminuem o peso do país no bloco. “Eu encorajaria a nova liderança sob Lula a tentar não ter inimigos no Ocidente por causa dos Brics”, acrescentou.
O’Neill afirmou ainda não ver sentido na escolha dos países —ele acredita que, com 11 membros, o consenso dentro do grupo ficará mais difícil e que o Irã, por seu histórico de conflitos com o Ocidente, pode trazer problemas.
Em entrevista ao Financial Times em meados de agosto, o economista chamou de “ridícula” a ideia de uma moeda comum para o grupo.
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