As principais bolsas globais do ocidente encerraram a quinta-feira em queda, com investidores assumindo uma postura de cautela antes da fala do presidente do FED, Jerome Powell, amanhã no simpósio de Jackson Hole. O discurso do líder da autoridade monetária americana deve indicar a postura do banco central dos Estados Unidos para os juros por lá.

O dia começou com otimismo com mais um resultado positivo da fabricante de microchips Nvidia, que chegou a subir mais de 8% antes da abertura do pregão, mas encerrou o dia praticamente estável. O clima mudou na segunda metade da sessão, com o aumento da aversão a risco antes da fala de Powell.

Por aqui, o dólar reagiu contra o real e se encaminhava para fechar em alta próxima de 0,5%, cotado a R$ 4,88. Os juros futuros resistiram à alta do rendimento dos títulos americanos e, embora tenham reduzido a queda durante a sessão, fecharam em baixa para todos os vencimentos.

Entre os destaques no mercado acionário, Vale e bancos estiveram entre as maiores contribuições para a queda de cerca de 1% do Ibovespa no dia. Para a mineradora, a queda no preço do minério de ferro durante o dia, acabou por pressionar o preço da ação da empresa. Itaú também fechou o dia com perdas, após a divulgação da venda da operação argentina ao banco Macro. A transação deve gerar um prejuízo de R$ 1,2 bilhão, de acordo com Fato Relevante divulgado pela instituição financeira.

Amanhã, os investidores locais devem focar a atenção ao resultado do IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo -15), às 9h. O consenso de mercado aponta para uma aceleração do indicador para 0,17% em agosto, contra -0,07% no mês passado. Na leitura anual, a expectativa é que a pressão sobre os preços passe para 4,13% nos últimos 12 meses terminados em agosto, depois de marcar 3,19% no período anterior.