Ex-assessor de Bolsonaro nega envolvimento em falsificação de cartões de vacina
Reis está preso desde maio após operação da Polícia Federal (PF) sobre as fraudes nos cartões envolvendo o ex-presidente
O sargento do Exército Luis Marcos dos Reis, que integrava a equipe da Ajudância de Ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), negou durante depoimento à CPMI do 8 de janeiro nesta quinta-feira (24) ter participado do esquema de falsificação de cartões de vacina de Bolsonaro, familiares dele e assessores do governo. Reis está preso desde maio após operação da Polícia Federal (PF) sobre as fraudes nos cartões envolvendo o ex-presidente.
“Jamais tive ou tenho envolvimento direto ou indireto, ou mesmo conhecimento, sobre suposto esquema de falsificação de cartão de vacinação envolvendo o nome do ex-presidente ou qualquer membro de sua família“, disse o sargento do Exército que atuava na equipe de Mauro Cid, na Ajudância de Ordens de Bolsonaro. Mauro Cid foi preso na mesma operação sobre os cartões de vacinação.
“Jamais tomei parte em suposto esquema de falsificação de cartão de vacinação envolvendo o ex-presidente ou membro de sua família. Não sou responsável pelo ocorrido no dia 8 de janeiro e as movimentações da minha conta são absolutamente legais”, diz o sargento Luis Marcos dos… pic.twitter.com/z6SVWr1JAK
— O Antagonista (@o_antagonista) August 24, 2023
Ainda durante o seu depoimento, o sargento negou qualquer tipo de envolvimento nos atos de depredação e vandalismo na Praça dos Três Poderes no 8 de janeiro. “Não financiei, planejei, coordenei, estimulei, instruí ou dei suporte ou tomei parte de qualquer ato preparatório ou executório”, completou. Ele também garantiu que não há nada de errado em suas movimentações bancárias.
Quebra de sigilos
Antes do início do depoimento de hoje, a CPMI aprovou requerimento para reconvocar o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Além disso, o colegiado aprovou a quebra dos sigilos fiscal, telefônico e telemático da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e do hacker Walter Delgatti Neto.
O presidente da comissão, deputado Arthur Maia (União-BA), defendeu que os trabalhos sejam encerrados no dia 17 de outubro. “Se a relatora puder ler o relatório dela no dia 17 de outubro, a gente faria a leitura do relatório no dia 17 de outubro e teríamos a outra sessão para o debate e votação do relatório. Esta é a minha ideia”, disse Maia. A relatora da CPMI é a senadora Eliziane Gama (PSD-MA).
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