Alívio para os investidores locais veio com trégua nas bolsas americanas e com queda dos juros futuros americanos. Assim, após a inédita sequeência de 13 sessões consecutivas no vermelho, o Ibovespa encerrou o dia em leve alta pela primeira vez em agosto, com ganho de de  0,37%, aos 115,4 mil pontos.

Na semana, porém, o índice acumulou queda de 2,45%, com mais de 80% dos papéis que compõem o índice sem nenhum ganho no período. No mês, retração do indicador está em 5,32%.

As sessões de agonia dos investidores do Ibovespa em agosto foram acompanhadas de um forte fuga de capital estrangeiro da bolsa de valores. Até o dia 16 deste mês, foram mais de R$ 8 bilhões de saldo negativo no investimento do exterior.

Os juros futuros também tiveram uma semana de apreciação nas taxas. A mau humor externo e as dificuldades no andamento da pauta econômica por aqui acabaram por interromper a sequência de quedas nas taxas vista nas semanas anteriores. Com isso, as expectativas de corte na taxa Selic que precificavam, pelo menos, uma redução de 0,75 ponto percentual até o fim do ano, foram reduzidas significativamente. O excesso sobre os três cortes de 0,50 p.p. que era de 28 pontos base passou para apenas 16 pontos base.

O moeda brasileira acompanhou os ativos nacionais e teve uma semana difícil. O dólar se valorizou em mais de 1,20% e chegou a valer R$ 5 na máxima do dia. No fim da sessão, porém, a divisa reduziu os ganhos para fechar o dia valendo R$ 4,97.

Na semana que vem, os investidores devem acompahar com atenção a movimentação das pautas econômicas no Congresso Nacional, com a perspectiva de apreciação na Câmara dos Deputados das alterações propostas pelo senadores no texto do Arcabouço Fiscal. Além disso, na sexta-feira, o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15) deve balizar as apostas sobre o futuro da taxa básica de juros brasileira, a Selic.