“Ele só cumpria ordens”, diz advogado de Mauro Cid
O advogado Cesar Bitencourt assumiu a defesa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, na noite desta terça-feira (15). Em entrevista hoje, ele disse que o cliente era só "um assessor" e que apenas...
O advogado Cesar Bitencourt assumiu a defesa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, na noite desta terça-feira (15). Em entrevista hoje, ele disse que o cliente era só “um assessor” e que apenas “cumpria ordens”.
Em entrevista para a Globo News, Bitencourt disse que ainda não se encontrou com Cid e, por conta disso, não sabe muitos detalhes sobre o caso. Cid, seu pai e o advogado Frederick Wassef foram os principais alvos da Operação Lucas 12:2, deflagrada na semana passada para investigar o suposto esquema de venda de venda de joias, entre outros presentes recebidos por Jair Bolsonaro enquanto presidente da República.
“Na verdade, ele é um militar, mas ele é um assessor. Assessor cumpre ordens do chefe. Assessor militar, com muito mais razão. O civil pode até se desviar, mas o militar tem, por formação, essa obediência hierárquica. Então, alguém mandou, alguém determinou. Ele é só o assessor. Assessor faz o quê? Assessora, cumpre ordens“, disse o advogado na entrevista.
Mesmo sem saber muita coisa sobre o caso, Bitencourt alegou que Cid está sendo injustiçado e recolhido injustamente. Segundo ele, o primeiro encontro com o cliente deve acontecer no fim da tarde desta quarta-feira.
“Essa obediência hierárquica pra um militar é muito séria e muito grave. Exatamente essa obediência a um superior militar é o que há de afastar a culpabilidade dele“, reiterou o advogado.
No último dia 10, o advogado Rodrigo Roca deixou a defesa do tenente-coronel, alegando em nota “razões de foro profissional e impedimentos familiares da minha parte”.
Roca também era advogado de Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, acusado de envolvimento nos atos antidemocráticos e por omissão no dia dos ataques às sedes dos Três Poderes. Ele também abandonou esse caso, alegando que Torres estava negociando uma delação premiada.
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