Caso BTG pode virar guerra de dossiês
No pedido de conversão da prisão de André Esteves, a PGR informa que a PF encontrou na casa de Diogo Ferreira, chefe de gabinete de Delcídio Amaral, uma anotação sobre suposto pagamento do BTG a Eduardo Cunha e a Milton Lyra, conhecido operador de Renan Calheiros.Esteves teria desembolsado R$ 45 milhões pela aprovação de emenda à Medida Provisória 608, que trata da extinção de dívidas de bancos...
No pedido de conversão da prisão de André Esteves, a PGR informa que a PF encontrou na casa de Diogo Ferreira, chefe de gabinete de Delcídio Amaral, uma anotação sobre suposto pagamento do BTG a Eduardo Cunha e a Milton Lyra, conhecido operador de Renan Calheiros.
Esteves teria desembolsado R$ 45 milhões pela aprovação de emenda à Medida Provisória 608, que trata da extinção de dívidas de bancos ou sua conversão em ações, com o objetivo de preservar o “regular funcionamento do sistema financeiro”.
A anotação sobre o pagamento é literal:
“Em troca de uma emenda à Medida Provisória número 608, o BTG Pactual, proprietário da massa falida do banco Bamerindus, o qual estava interessado em utilizar créditos fiscais de tal massa, pagou ao deputado federal Eduardo Cunha a quantia de R$ 45 milhões. Depois que tudo deu certo, Milton Lyra fez um jantar pra festejar.” Esteves teria participado do encontro. A PGR afirma ainda que o dinheiro seria distribuído a outros peemedebistas.
Milton Lyra, o Miltinho, é apontado como operador do presidente do Senado nos fundos de pensão, especialmente no Postalis. Em agosto, uma reportagem de Época falava, curiosamente, de uma articulação de Cunha contra Miltinho para atingir Renan. O presidente da Câmara estava disposto a convocar o operador para depor na CPI dos Fundos de Pensão. A matéria falava também de um apartamento de R$ 25 milhões que Miltinho teria comprado por meio de uma offshore.
O Antagonista sente o cheiro de uma guerra de dossiês.
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