“Quem não tem Madison vai de Lira”
Em declaração recente, o presidente da Câmara, Arthur Lira (foto), destacou a importância do Centrão como o principal fator...
Em declaração recente, o presidente da Câmara, Arthur Lira (foto), destacou a importância do Centrão como o principal fator que impediu o Brasil de se tornar uma Argentina.
Leonardo Barreto, doutor em ciência política pela UnB, diz em sua coluna na revista Crusoé:
“Do seu jeito direto, até rude, ele [Lira] celebrou uma característica atual do sistema político brasileiro que tem traços madisonianos, isto é, um sistema de pesos e contrapesos instalado no Brasil a partir do empoderamento do Congresso Nacional (e de quem manda nele, o Centrão) e que, hoje, exige uma revisão da literatura que estuda nosso presidencialismo.
Em linhas gerais, o núcleo duro da análise da política brasileira no sentido amplo foi construído sobre os pilares do que se convencionou chamar de ‘presidencialismo de coalizão’. Nele, com um universo partidário ultrafragmentado, o presidente da República se utiliza do controle do Orçamento e da distribuição de cargos para montar uma coalizão heterogênea, que precisa ser renegociada permanentemente. Em troca, recebe o controle da agenda parlamentar, que é administrada sem muitos problemas.”
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