Mensagens interceptadas pela Polícia Federal no âmbito da Operação Lucas 12:2, realizada hoje (11), indicam que o pai do coronel Mauro Cid, o general da reserva Mauro Lourena Cid, tinha em mãos aproximadamente 25 mil dólares em espécie que seriam pertencentes ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

A mensagem foi encaminhada no período em que Mauro Lourena Cid tentava negociar um artefato banhado a ouro em uma loja de penhores nos Estados Unidos. A suspeita da PF é que o dinheiro é fruto da venda de um dos presentes recebidos pelo ex-presidente da República na Arábia Saudita.

“Na mensagem Mauro Cid [ajudante de ordens] aborda três assuntos, que estariam relacionados. O conteúdo do áudio revelou, inicialmente, que o General Mauro Lourena Cid estaria com 25 mil dólares, possivelmente pertencentes a Jair Bolsonaro. Na mensagem, Mauro Cid deixa evidenciado o receio de utilizar o sistema bancário formal para repassar o dinheiro ao ex-presidente e então sugere entregar os recursos em espécie”, informa o relatório da Polícia Federal.

“Tem vinte e cinco mil dólares com meu pai. Eu estava vendo o que, que era melhor fazer com esse dinheiro levar em ‘cash’ aí. Meu pai estava querendo inclusive ir ai falar com o presidente (…) E aí ele poderia levar. Entregaria em mãos. Mas também pode depositar na conta (…). Eu acho que quanto menos movimentação em conta, melhor ne? (…)”, disse Mauro Cid filho em uma das mensagens.