Zico Bacana, ex-vereador assassinado, foi alvo de CPI das Milícias
O ex-vereador do Rio de Janeiro Jair Barbosa Tavares, conhecido como Zico Bacana, foi assassinado na última segunda-feira (7) em uma emboscada em Guadalupe, Zona Norte do Rio. Além dele...
O ex-vereador do Rio de Janeiro Jair Barbosa Tavares, conhecido como Zico Bacana, foi assassinado na última segunda-feira (7) em uma emboscada em Guadalupe, Zona Norte do Rio. Além dele, seu irmão, Jorge Tavares, também foi alvo do ataque.
Zico Bacana já havia sofrido uma tentativa de assassinato em 2020. Na ocasião, levou um tiro de raspão na cabeça.
Zico, que tinha 53 anos, foi vereador no Rio de Janeiro de 2017 a 2020 pelo PHS. Nas últimas eleições, concorreu pelo Podemos, mas só conseguiu o posto de suplente. Mesmo sem ocupar cargo público, o ex-vereador acompanhava o que acontecia em seu bairro, como obras da prefeitura e movimentos sociais.
Durante as investigações sobre o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, o ex-vereador depôs alegando que nunca teve envolvimento com o caso.
“Informei o máximo que pude, da melhor forma. O que fizeram com a nossa colega não era para acontecer. Peço para que as pessoas que saibam alguma coisa que liguem para o Disque Denúncia. O anonimato é garantido. Vamos ajudar. Faço parte da cúpula da Polícia Militar e estou nessa para defender a conduta da menina, que Deus a tenha. Me colocaram nisso“, declarou na ocasião.
Ele também foi investigado pela CPI das Milícias, após ser denunciado pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) como um dos comandantes da milícia que atuava nos bairros de Guadalupe, onde foi assassinado. Nunca foram obtidas provas para que ele fosse condenado.
Nas redes sociais, Zico Bacana se descrevia como paraquedista e policial militar.
Em entrevista, a sobrinha do ex-vereador, Joyce Tavares, disse que a família recebe constantemente ameaças de morte. “Eles foram mortos covardemente. Os bandidos mataram meu tio e meu pai ontem. Eles estavam sentados bebendo a cervejinha deles. Eles não faziam mal a ninguém. Eles sofriam ameaças todos os dias, diziam que iam arrancar a cabeça do meu tio”, disse.
Joyce relatou ainda que foi expulsa de sua casa, em Guadalupe, por bandidos. “Os bandidos foram na minha casa, eu tive que ir embora, fui expulsa com meu marido e minha bebezinha pequena”, relatou a sobrinha do ex-vereador.
As investigações sobre os assassinatos estão com a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
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