Um contrato do gabinete da deputada Carla Zambelli (PL; foto) indica que ela pagou R$ 94 mil por serviços de uma empresa associada a um assessor que fez repasses ao hacker da Vaza Jato, Walter Delgatti Neto.

A informação é do Jornal Nacional.

A PF prendeu Delgatti e fez buscas pela manhã em quatro endereços da deputada, incluindo o gabinete oficial, no âmbito da Operação 3FA na quarta-feira (2).

Ela é suspeita de ter pedido ao hacker que tentasse fraudar as urnas e invadir o email do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

O hacker não conseguiu cumprir nenhuma das missões. Ele apenas falsificou um mandado de prisão contra Moraes no sistema do CNJ, motivo para a operação desta quarta.

O contrato obtido pelo JN mostra que, entre outubro de 2022 e abril de 2023, o gabinete de Zambelli pagou os R$ 94 mil a uma empresa cuja única dona é a esposa de Jean Hernani Guimarães Vilela.

Vilela é secretário parlamentar da deputada. Segundo a PF, ele fez repasses ao hacker totalizando R$ 13,5 mil nos meses anteriores à invasão ao sistema do CNJ.

Dos R$ 94 mil pagos à empresa da esposa de Vilela, houve sete pagamentos mensais de R$ 9 mil e um repasse de R$ 31 mil em dezembro, um mês antes do hackeamento.