Derrite defende operação no Guarujá: “Governador tem coragem”
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, compareceu à CPI do MST nesta quarta-feira (2) para falar sobre invasões de terra no estado, mas acabou sendo confrontado sobre...
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, compareceu à CPI do MST nesta quarta-feira (2) para falar sobre invasões de terra no estado, mas acabou sendo confrontado sobre a Operação Escudo. Deflagrada na última sexta-feira em reação ao assassinato de um policial militar da Rota, a ação levou 58 pessoas para a cadeia e causou 16 mortes.
“Achei que a senhora, como mulher, ia defender a policial que tomou tiros de fuzil pelas costas do crime organizado”, disse Derrite em resposta a questionamentos e críticas da deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP). O secretário destacou dois policias que foram feridos por armas de fogo durante as ações no litoral paulista.
Segundo Derrite, “não passa de narrativa” as denúncias de tortura ou de execução. “Todos os exames do Instituto Médico Legal, as necrópsias, não apontam nenhum sinal de violência, muito menos de tortura. O que existe, na primeira vez no estado de São Paulo, é um governador que tem coragem de enfrentar o crime organizado”, defendeu, fazendo menção a Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Hoje, a Defensoria Pública de São Paulo pediu à Secretaria de Segurança Pública a interrupção da operação. Na madrugada, a polícia prendeu o irmão do suspeito de matar o policial militar Patrick Bastos Reis, da Rota, na última quinta-feira, o que levou ao início da Operação Escudo.
O governador Tarcísio chegou a negar que tenha havido excesso na reação das forças de segurança à morte do policial, mas depois disse que possíveis desvios serão punidos.
“Achei que a senhora, como mulher, ia defender a policial que tomou tiros de fuzil pelas costas do crime organizado”, diz o secretário de Segurança de SP, @DerriteSP, na CPI do MST, em resposta a Sâmia Bomfim sobre a operação policial no Guarujá. pic.twitter.com/5N0agkEBIk
— O Antagonista (@o_antagonista) August 2, 2023
Invasões
Sobre as invasões de terra, Derrite disse que foram invadidas 19 propriedades em São Paulo ao longo de fevereiro. Segundo ele, todas foram debeladas. “Era um movimento político. As invasões não eram feitas com grandes quantidades de pessoas. Você não via famílias ocupando essas áreas”, disse, classificando os militantes do movimento sem-terra como um “exército”.
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