Em depoimento à Polícia Federal na última segunda-feira (24), o ministro Alexandre de Moraes (foto), do STF, e seus familiares disseram que as supostas hostilidades sofridas no aeroporto de Roma, na Itália, foram para constrangê-lo.

Segundo a Folha de S. Paulo, eles afirmaram que Andréa Mantovani, esposa do empresário Roberto Mantovani Filho, abordou o magistrado durante o credenciamento para entrar na sala VIP e o chamou de “comunista”, “bandido” e “comprado”.

O ministro e seus familiares também disseram à PF que os filhos de Moraes avisaram a Andréa que ela seria processada, caso não parasse com as ofensas. Roberto Mantovani Filho teria então avançado contra o filho do magistrado, repetindo as acusações.

Ainda conforme o depoimento, o filho de Moraes recebeu um tapa no rosto enquanto pegava o celular para gravar as ofensas proferidas pelo casal. Um estrangeiro impediu novas agressões.

A família de Moraes disse à PF que os suspeitos foram embora por alguns minutos e retornaram, voltando a ofender o ministro do STF dentro da sala VIP.

Com a nova hostilização, Moraes afirmou ter ido até o casal e dito que ele seriam processados no Brasil.

A PF instaurou um inquérito para apurar a suposta agressão do empresário ao filho de Moraes.

O casal nega que tenha havido agressão. Contudo, em depoimento à PF, Roberto Mantovani Filho disse ter “afastado com o braço” o filho do ministro para defender a esposa.