Leonardo Barreto na Crusoé: “A raiz do adesismo no Brasil”
Na edição 273 da Crusoé, que foi ao ar neste sexta-feira (21), Leonardo Barreto diz que, aderir ao governo não é uma escolha, mas um imperativo, dentro da manjadíssima e nada sofisticada lógica do "quem não puxa o saco, puxa a carroça"...
Na edição 273 da Crusoé, que foi ao ar neste sexta-feira (21), Leonardo Barreto diz que, aderir ao governo não é uma escolha, mas um imperativo, dentro da manjadíssima e nada sofisticada lógica do “quem não puxa o saco, puxa a carroça”.
“’Oposição é luxo de rico’, dizia o velho deputado do antigo baixo clero, pronto a aderir ao governo. A frase denota o conhecimento prático de que a vida pode ser muito difícil se não for possível contar com os favores do poder, seja você político ou empresário. O adesismo, que ora ganha força no Congresso Nacional e nos meios econômicos, não é uma escolha nesse sentido”, explica Barreto.
No campo político, apesar da emenda parlamentar ser importante, preencher cargos vale mais. Como o cientista político David Samuels alertou, o parlamentar tem dificuldade de receber o crédito do eleitor pela emenda destinada, que normalmente é executada pelo governador, pelo prefeito ou pelo burocrata, que fica com a fama pela obra pronta. Já indicar uma posição na administração pública, como uma superintendência, uma diretoria ou um ministério, conversa mais com a essência da atividade do deputado ou do senador, que é demonstrar influência sobre algum aspecto da vida da sociedade, ser um intermediário constante para a solução de problemas dos seus eleitores.
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