Crusoé: “Por que nunca lerei os livros de Itamar Vieira Junior”
Lamento que um novo espírito sectário hoje tente limitar a liberdade, cercando o escritor nos quadrantes paroquiais de sua etnia ou cultura, diz Jerônimo Teixeira na Crusoé...
Lamento que um novo espírito sectário hoje tente limitar a liberdade, cercando o escritor nos quadrantes paroquiais de sua etnia ou cultura, diz Jerônimo Teixeira na Crusoé.
“Não estou com isso negando que origem e identidade tenham peso na criação literária. Como judeus, Saul Bellow e Philip Roth estavam bem equipados para ficcionalizar a experiência judaico-americana. Mas não se segue daí que o não-judeu esteja impedido ou seja incapaz de criar personagens judeus. O inglês Martin Amis, morto em maio, escreveu um poderoso romance sobre o Holocausto, A Zona de Interesse – e ele não era judeu.”
“Isso tudo vem a propósito da triste controvérsia levantada recentemente por Itamar Vieira Junior, o mais bem-sucedido escritor brasileiro contemporâneo, tanto em vendas quanto em premiação e aclamação crítica. A revista Quatro Cinco Um dedicou-lhe a capa de sua edição de abril, para celebrar o lançamento de seu segundo romance, Salvar o Fogo. No conjunto de textos sobre autor e livro, havia uma crítica negativa assinada por Lígia G. Diniz, professora de Letras da UFMG. Não li o romance e, portanto, não posso concordar com a resenha, nem discordar dela. Pareceu-me um texto ponderado e bem escrito.”
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