Maia diz que Haddad “não tem a arrogância do Guedes”
Rodrigo Maia enxerga mais competência em Fernando Haddad do que em Paulo Guedes, com quem lidou no início do governo Jair Bolsonaro, enquanto presidente da Câmara. "Me dá a impressão de que...
Rodrigo Maia enxerga mais competência em Fernando Haddad do que em Paulo Guedes, com quem lidou no início do governo Jair Bolsonaro, enquanto presidente da Câmara. “Me dá a impressão de que o Haddad tem mais apetite na articulação e mais competência. Ele não tem a arrogância do Guedes de achar que sabe de tudo, que pode tudo e que nós éramos instrumentos dele”, disse Maia, hoje presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras, em entrevista ao portal Uol.
Ao comparar as duas gestões, o ex-presidente da Câmara disse que não houve conflito com o governo Bolsonaro durante os primeiros seis meses de gestão, mas que o clima piorou após a aprovação da reforma da Previdência. “O conflito dele comigo foi a partir do momento em que ele viu que a Câmara não seria instrumento do Ministério da Economia”, disse Maia, destacando ainda o então ministro-chefe da Casa Civil Onyx Lorenzoni “era confuso na articulação política”.
Na entrevista, Maia disse que a reforma tributária não andou no governo Bolsonaro porque Guedes era contra. “Ele foi capturado por essa pauta da receita que o Haddad coloca toda semana, [de] tributar fundo exclusivo, tributar offshore, dizer que rico não paga imposto. O Paulo Guedes falava a mesma coisa”, disse.
Além disso, segundo Maia, a vaidade não teria permitido que Guedes aceitasse mais uma pauta comandada pelo Congresso Nacional, que tinha aprovado a reforma da Previdência contra sua vontade.
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