Josias Teófilo na Crusoé: A ausência do clássico
A cultura brasileira se formou sob o signo do barroco – foi esse...
A cultura brasileira se formou sob o signo do barroco – foi esse o estilo que primeiro se elaborou no país, moldando tudo que viria depois.
O barroco está na retórica de padre Antônio Vieira, nas primeiras igrejas importantes construídas no Brasil, na poesia de Gregório de Matos, na arquitetura de Aleijadinho. Num sentido ampliado, está também na música de Heitor Villa-Lobos, na arquitetura de Oscar Niemeyer e na poesia de Carlos Drummond de Andrade, e por aí vai.
O historiador da arte francês Henri Focillon diz que o barroco não é apenas um período específico da história da arte, mas um estágio de desenvolvimento que se repete ao longo da história. Por exemplo, a arte grega antiga tem seu período arcaico, clássico e barroco. O gótico igualmente teve sua forma mais experimental, arcaica. As formas se estabeleceram numa estrutura clássica. Por fim chegaram à exuberância no gótico flamboyant ou flamejante.
Acontece que a cultura brasileira se moldou na fase da exuberância, do barroco propriamente dito. Isso tem efeitos até hoje. É como se o clássico nunca tivesse chegado a se estabelecer totalmente no Brasil, em diversas áreas, como se estabeleceu em outros países.
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