Josias Teófilo na Crusoé: É preciso, ainda hoje, colonizar o Brasil
Por vinte anos Lampião, o rei do cangaço, viveu no interior do Nordeste brasileiro com sua horda de bandidos devastando, pilhando, roubando e matando. Ele...
Por vinte anos Lampião, o rei do cangaço, viveu no interior do Nordeste brasileiro com sua horda de bandidos devastando, pilhando, roubando e matando. Ele não era um caso isolado, muitos outros antes viveram no cangaço, o que remonta a tempos imemoriais no sertão do Brasil – durante o período da colonização holandesa no Nordeste menciona-se a existência de grupos de bandidos com desertores estrangeiros, escravos fugidos e brasileiros.
Lampião na verdade foi o mais famoso dos cangaceiros, ele criou em torno de si toda uma mística, uma aura de invencibilidade, e criou uma estética totalmente original e impecável, com cores vibrantes.
O fato é que na época o interior do Brasil não havia sido propriamente colonizado e civilizado. Esse foi um dos motivos da construção de Brasília: ocupar o interior do Brasil, cujo desenvolvimento se dera principalmente no litoral. É o famoso caranguejismo – uma referência ao caranguejo, que vive ciscando a praia. No livro A Cidade no Brasil, Antonio Risério faz uma crítica a essa visão: na verdade, ocupar o litoral de um país do tamanho do nosso – maior do que o Império Romano no auge – não foi pouca coisa. Adentrar e colonizar o interior também não, muito menos a área do estado de São Paulo, protegida por uma enorme muralha de pedra – muita gente morreu para chegar ali.
O Censo 2022 divulgado ontem mostra que…
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