Nunes Marques resgata debate do voto impresso — mas diz confiar nas urnas
Nunes Marques (foto), o sexto ministro a votar no julgamento que tornou Jair Bolsonaro inelegível no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fez em sua manifestação um "resgate histórico" das discussões sobre o voto impresso no país...
Nunes Marques (foto), o sexto ministro a votar no julgamento que tornou Jair Bolsonaro inelegível no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fez em sua manifestação um “resgate histórico” das discussões sobre o voto impresso no país.
“Temas desse jaez há muito tem sido discutidos. Contudo é inegável que o investigado passou a ostentar protagonismo do debate sobre o voto impresso, seja porque se elegeu presidente do país em 2018, seja pela forma enfática com que usualmente propõe suas objeções”, disse o ministro.
Ele disse ser “irrefutável a integridade do sistema eletrônico de votação.”
O ministro — o único indicado por Bolsonaro a integrar a Corte Eleitoral no momento — disse que a reunião com embaixadores em julho de 2022, que motivou o julgamento, foi uma resposta a uma reunião do então presidente do TSE, Edson Fachin, com representantes internacionais. Ele ainda disse que “o ex-presidente há muito demonstra seu descontentamento com o sistema eletrônico de votação” e que não houve nem tentativa de ganho eleitoral, muito menos de desacreditar o resultado da eleição.
Na quarta sessão seguida do julgamento, iniciado no dia 22, os ministros chegaram a quatro de sete votos possíveis pela condenação. Na terça-feira (27), o relator Benedito Gonçalves já havia votado pela inelegibilidade do ex-presidente. Ontem, Raul Araújo foi contra e Floriano de Azevedo Marques acompanhou o relator, junto a André Ramos Tavares. O voto decisivo foi dado hoje por Cármen Lúcia, ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) em atividade no TSE.
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