Na entrevista coletiva que cedeu nesta segunda-feira (26) em São Paulo, após reunião com a bancada do estado do PL, Bolsonaro aparentou calma sobre seu julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e até bem humorado ao fugir de dizer se apoiará Ricardo Nunes como candidato a reeleição em São Paulo em 2024. Em um momento, no entanto, ele perdeu a cabeça.

Foi quando surgiu o nome de Abraham Weintraub, seu ex-ministro da Educação. Hoje um desafeto de Bolsonaro, Weintraub disse no fim de semana que as doações a Bolsonaro via Pix, por seus apoiadores, seriam como a prostituição. “Vamos lá, tchutchucas do centrão! O cafetão precisa do seu Pix! Liberem todo esse patriotismo de vocês”, escreveu.

Questionado se responderia ao ex-ministro, Bolsonaro se irritou.

“Não cabe uma resposta a uma pergunta como essa, eu não vou reagir. O senhor Weintraub foi meu ministro, foi por livre e espontânea vontade aos Estados Unidos, ajudamos ele a se enquadrar por lá — ele passou a ganhar um salário de 22 mil dólares por mês e o irmão dele, [um salário de] 10 mil dólares por mês”, disse. “Eu não vou falar em ingratidão: ajudamos ele a se estabelecer e depois ele veio pra cá achando que seria recebido nos braços do povo como candidato a governador.”