Sérgio Andrade, da Andrade Gutierrez, disse à PF que um contrato de R$ 35 milhões firmado em 2010 entre a empreiteira e uma empresa de Alexandre Accioly visava repassar recursos a Aécio Neves, revela O Globo.

O depoimento de Andrade, na última terça, reforça a delação de Flávio Barra, segundo a qual o repasse a Accioly –apontado como operador de Aécio– era referente a uma sociedade que nunca existiu de fato. O Antagonista tratou do assunto em dezembro.

A PF sustenta que o contrato era fachada para que o tucano ajudasse as empreiteiras a participarem da construção da usina de Santo Antônio, no rio Madeira.

Em nota a O Antagonista, o advogado de Aécio, Alberto Toron, disse que o senador “jamais conversou com o senhor Sérgio Andrade sobre o assunto mencionado. O leilão e a construção da usina de Santo Antônio foram de responsabilidade do governo federal, sem qualquer participação do governo de Minas”.

Toron acrescenta: “A cronologia apresentada pelo senhor Sérgio Andrade carece de lógica. O leilão da usina de Santo Antônio ocorreu em 2007, enquanto o empresário se refere a fatos da sua vida empresarial ocorridos em 2010”.