Ivan Sant’anna na Crusoé: Precisamos de uma CVM do futebol
Nas últimas semanas, um assunto que tem sobressaído na imprensa e na televisão é a corrupção que atingiu o futebol brasileiro, mais precisamente no setor de apostas...
Nas últimas semanas, um assunto que tem sobressaído na imprensa e na televisão é a corrupção que atingiu o futebol brasileiro, mais precisamente no setor de apostas.
Basta assistir a uma partida para se dar conta de que essa atividade (me refiro aos sites e casas de apostas) tem crescido muito.
Boa parte das equipes brasileiras é patrocinada por empresas desse tipo de jogo, assim como acontece nas placas publicitárias que cercam os gramados.
Desde 1946, quando, aos seis anos de idade, vi meu time, o Fluminense, ser campeão carioca, acompanho os jogos não só do Flu como dos adversários, além de assistir partidas da Premier League inglesa.
Portanto, se tenho 65 anos de mercado financeiro, de futebol já lá se vão 77 anos ininterruptos de convívio com o violento esporte bretão (com minhas desculpas pelo clichê)…
Cheguei mesmo a fazer, a pedido de alguns técnicos, preleções no vestiário durante o intervalo das partidas e a assisti-las do banco de reservas.
Se havia corrupção naquela época, não testemunhei nenhuma, embora tenha ouvido falar de alguns episódios suspeitos, como o do goleiro que foi expulso prematuramente no início da partida decisiva de um campeonato carioca, de outro goleiro que fez de tudo para seu time perder e do atacante do interior de São Paulo que também provocou sua expulsão prematura.
Mas eram casos isolados.
Por outro lado, no mercado financeiro, onde eu trabalhava, corrupção era a regra do jogo.
Insider information tornara-se um procedimento tão comum que os outsiders aderiam ou mudavam de profissão.
Entre outros exemplos,…
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