Lula e seus ministros revogaram ao menos 231 decretos de gestões anteriores desde que assumiram em janeiro.

São quase dois decretos revogados por dia, incluindo o afrouxamento do Marco Legal do Saneamento Básico e as restrições ao porte de armas, conforme levantamento publicado pelo Estadão.

Até o dia 4 de maio, 155 decretos foram revogados integralmente, enquanto 76 sofreram alterações parciais.

Segundo o jornal, a mudança de direção é observada em quase todas as áreas.

Os ministros Fernando Haddad, da Fazenda, Simone Tebet, do Planejamento, e Esther Dweck, de Gestão, são os que mais reverteram decretos dos governos anteriores.

Parte das medidas de Lula tem caráter administrativo, alterando composições internas de órgãos e conselhos estatais. Elas também modificam o escopo de programas e dão novos rumos a políticas das gestões anteriores, marcando a posição atual do governo sobre temas considerados ideológicos.

Ao Estadão, o ex-ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro, senador Ciro Nogueira (PP-PI), criticou o revogaço.

“Só falta o governo Lula revogar a lei da gravidade pois a mentalidade tacanha do PT é de que mudar é sinônimo de melhorar, quando melhorar é sinônimo de aperfeiçoar e para aperfeiçoar muitas vezes conservar o que já existe e foi um grande avanço já é um enorme passo à frente”, disse.

“Lula, ao invés de usar a caneta e escrever o futuro, prefere usar a borracha e apagar o passado. Resultado: seu legado vai ser uma enorme folha em branco”, acrescentou.