Os dados de vacinação de Jair Bolsonaro e da filha Laura, de 12 anos, foram inseridos no sistema do Ministério da Saúde e retirados seis dias depois sob a justificativa de “erro”, apontam os documentos da Operação Venire.

Segundo o relatório da Polícia Federal, que serve como base para a investigação sobre suspeita de fraude em cartões de vacinação, a inserção ocorreu nos dias 21 e 22 de dezembro de 2022, últimos dias do mandato do ex-presidente. A exclusão foi realizada no dia 27 pela servidora de Duque de Caxias, Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva.

“Consoante apresentado, JOÃO CARLOS BRECHA, Secretário de Governo de Duque de Caxias/RJ, inseriu no sistema SI-PNI os registros de vacinação nos dias 21 e 22 de dezembro de 2022, cerca de 2 a 5 a meses após as datas de imunização. Os dados relativos a JAIR BOLSONARO e L. B. foram inseridos em 21/12/2022 no intervalo entre 18h59min e 23h11min.” 

“Para apagar os rastros das condutas criminosas, especialmente envolvendo os dados falsos de vacinação em nome do ex-Presidente da República JAIR MESSIAS BOLSONARO e de sua filha L. F. B., o grupo contou com a participação da servidora do Município de Duque de Caxias, CLAUDIA HELENA ACOSTA RODRIGUES DA SILVA, responsável pela exclusão dos referidos registros dos sistemas do Ministério da Saúde no dia 27/12/2022, os dados foram excluídos do sistema pela operadora CLAUDIA HELENA ACOSTA RODRIGUES DA SILVA, sob a justificativa de ‘ERRO’.”

Bolsonaro nega que tenha fraudado o sistema do Ministério da Saúde e diz que não foi vacinado contra a Covid.