Anne Dias na Crusoé: “Cotas femininas e candidaturas laranjas”
Os dados de 2022 divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que, apesar de as mulheres representarem 52% da população brasileira, ocupam apenas 16% dos cargos eletivos no país. Nas últimas eleições, houve um aumento no número de candidatas: foram 33,3% do total. Mas isso não se refletiu no resultado eleitoral, diz Anne Dias na Crusoé...
Os dados de 2022 divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que, apesar de as mulheres representarem 52% da população brasileira, ocupam apenas 16% dos cargos eletivos no país. Nas últimas eleições, houve um aumento no número de candidatas: foram 33,3% do total. Mas isso não se refletiu no resultado eleitoral, diz Anne Dias na Crusoé.
“Na Câmara de Deputados, apenas 91 das 513 cadeiras são ocupadas por mulheres, o que significa 17,7% — abaixo da média mundial de 26,4%. Nos estados, os números são semelhantes, com apenas 190 mulheres eleitas para cargos de deputadas estaduais e distritais (18%). Em alguns estados, como Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás, a representatividade feminina ficou abaixo de 10%.”
“E qual foi a solução dos políticos para enfrentar esse problema? Cotas para mulheres. Desde a implementação das cotas de gênero para candidaturas políticas em 1997, o Estado brasileiro tem buscado soluções verticais para a questão. Embora a Lei nº 9.504/1997 tenha estabelecido a obrigatoriedade de 30% de candidaturas femininas em todos os partidos políticos, isso não garantiu que essas mulheres fossem eleitas, muitas vezes sendo utilizadas apenas como “laranjas”, para cumprir a cota mínima exigida.”
LEIA MAIS AQUI; assine a Crusoé e apoie o jornalismo independente.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)