Crusoé: “Tributação da Shein: quem paga a conta é o mais pobre”
A expressão Justiça Tributária se tornou praticamente um mantra ao longo destes três primeiros meses do governo Lula, lembram Rodrigo Oliveira e Wilson Lima, em artigo para Crusoé...
A expressão Justiça Tributária se tornou praticamente um mantra ao longo destes três primeiros meses do governo Lula, lembram Rodrigo Oliveira e Wilson Lima, em artigo para Crusoé.
“Essas duas palavrinhas mágicas vêm sendo pronunciadas aos quatro ventos, pelo presidente da República e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para defender medidas como a reforma tributária e o novo arcabouço fiscal.”
“Também com base nessa tal Justiça Tributária, o governo Lula defende ações como taxação sobre lucros e dividendos e o fim de benefícios fiscais para setores da indústria. Tudo sempre calcado em uma narrativa de que os mais ricos são favorecidos pela estrutura econômica atual.”
“Mas (e a vida é feita de poréns), existe uma distância entre a teoria e a prática. O governo precisa aumentar a arrecadação em, pelo menos, R$ 100 bilhões por ano para impedir que as contas brasileiras não afundem em um espiral da morte com a elevação dos gastos. Sob o pretexto de trazer mais justiça à base arrecadatória, parece se aproveitar para agradecer pelo apoio dos maiores varejistas brasileiros na campanha eleitoral. Talvez o símbolo mais escancarado disso seja a participação de Luiza Trajano (dona da Magalu) no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social – o famoso Conselhão.”
“E assim nasceu a ideia de acabar com o limite de de US$ 50 isenção de tributos de importação de produtos entre pessoas físicas. É verdade que empresas de comércio online estrangeiras – principalmente, chinesas como a Shein – utilizam-se desse benefício tributário para manter os preços baixos para o consumidor brasileiro. […] Mas quem é mesmo o comprador da Shein? Seria ele o rico malvado eleito pelo PT como inimigo nacional?”
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