Mercado respondeu com humor renovado a números de inflação abaixo do esperado. O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, encerrou o dia em alta de 4,29%, aos 106,2 mil pontos, na maior alta diária desde outubro do ano passado. A bolsa brasileira foi puxada por Vale, Petrobras e bancos – as principais contribuições positivas para o indicador. 

As maiores altas, no entanto, ficaram por conta de empresas mais sensíveis aos níveis de juros, como varejo e aéreas. Com uma perspectiva de um IPCA convergindo para a meta (entre 1,75% e 4,75%) para este ano, os investidores voltaram a reforçar as apostas no início dos cortes da Selic ainda este ano. O otimismo do mercado chegou a reprecificar uma probabilidade de mais de 50% de chance de uma redução na taxa básica de juros ainda em junho.

O dólar também sentiu o otimismo local e se desvalorizou frente ao real, que registrou a melhor performance em um cesta com as principais moedas do mundo. A moeda americana caiu mais de 1,30% no dia para encerrar a terça-feira cotada a R$ 5,00,  menor patamar desde junho do ano passado.

Amanhã, investidores globais deve acompanhar com atenção os números do CPI (Índice de Preços ao Consumidor, na sigla em inglês) nos Estados Unidos, às 9h30. A expectativa do mercado é de que o núcleo da inflação (leitura que exclui alimentação e energia) apresenta leve alta (+5,6%) na comparação com o mês anterior (+5,55%).  O dado pode mexer com a taxa juros por lá e afetar as negociações por aqui também.