A Procuradoria Federal da Suíça abriu uma investigação sobre a aquisição do Credit Suisse por seu rival, o grupo UBS, diz o Financial Times.

A compra, no valor de US$ 3,23 bilhões, foi realizada em 19 de março e teve mediação do Estado suíço.

De acordo com a reportagem do FT, a investigação mira possíveis violações da lei criminal suíça por funcionários do governo, reguladores e executivos dos dois bancos. A fusão de emergência foi feita durante um final de semana, em meio aos temores de uma crise generalizada na Europa.

“O Ministério Público Federal quer cumprir proativamente sua missão e responsabilidade de contribuir para um centro financeiro suíço limpo e montou um monitoramento para tomar medidas imediatas em qualquer situação que se enquadre em seu campo de atividade”, disse o promotor de Berna, Stefan Blättler.

O Credit Suisse foi um dos bancos globais mais impactados pela turbulência provocada pelos colapsos do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature Bank, o que forçou a instituição de 167 anos suíça a captar US$ 54 bilhões com o Banco Central do país.

A fusão foi apressada após a situação da instituição se agravar. No fim de semana de 10 de março, os saques feitos por correntistas do banco superaram os 10 bilhões de francos suíços por dia, segundo o Financial Times. Já nos últimos três meses do ano passado, os clientes retiraram 111 bilhões de francos suíços do grupo.