O secretário de Reforma Tributária no Ministério da Fazenda, Bernard Appy (foto) está às voltas com perfumes — ou, para ser mais preciso, com a tributação destes. Em um evento com a Frente Parlamentar de Empreendedorismo (FPE) nesta terça-feira (21), Appy se mostrou indignado como o atual sistema tributário penaliza justamente o consumo dos mais pobres  

“Para o pobre, perfume é tão importante quanto cesta básica”, disparou o economista durante um almoço da FPE para empresários e parlamentares do grupo.

“IPI é ruim, cheio de distorção, como no caso dos perfumes e água de colônia, por causa da água? Qual a lógica?”, questionou o economista. Ele ainda disse que é fácil para uma reforma taxar serviços como a Netflix que, em sua análise, “pagam menos ISS [Impostos sobre Serviços] que uma camisa.”

Ao final do almoço, acompanhando por jornalistas, o refratário Appy se manteve refratário. “Não vou falar com a imprensa”, limitou-se a dizer.