Ex-número 2 diz que Torres mandava na segurança do DF no 8 de janeiro
Fernando de Sousa Oliveira, ex-secretário-executivo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, disse nesta quinta-feira (2) que se preparava para assumir no dia 9 de janeiro a pasta comanda por Anderson Torres. A mudança estava planejada para...
Fernando de Sousa Oliveira, ex-secretário executivo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, disse nesta quinta-feira (2) que se preparava para assumir no dia 9 de janeiro a pasta comanda por Anderson Torres. A mudança estava planejada para o dia seguinte aos atos de vandalismo e depredação nas sedes dos Três Poderes, disse Oliveira na primeira sessão da CPI dos Atos Antidemocráticos instalada pela Câmara Legislativa do Distrito Federal.
“Eu comecei a tomar as providências que me cabiam dentro da minha atribuição, como secretário-executivo, porque existia um secretário”, disse Fernando, em depoimento à comissão. Naquele dia, Torres estava nos Estados Unidos, de onde só voltou com a ordem de prisão expedida, no dia 14 de janeiro. “Eu assumiria a pasta na segunda-feira, por meio de portaria oficial… Então eu estava ali cobrindo, mas existia um secretário.”
Ainda durante seu depoimento, Oliveira disse que se reportava diretamente a Torres até o dia da invasão às sedes do Planalto, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional e que não foi orientado pelo então secretário sobre como reagir em qualquer caso atípico.
“Ele me apresentou o protocolo de ação integrada, que reúne as ações das forças policiais, e disse que deixaria o protocolo de ação assinado, mas não me deixou nenhuma orientação específica”, contoou. “Ele disse: ‘Vou assinar e, se precisar do senhor, irei demandá-lo‘.”
Oliveira disse ainda que sequer tinha sido apresentado pessoalmente ao então governador Ibaneis Rocha àquela altura. A CPI da Câmara do DF é a primeira aberta para investigar, pela via legislativa, os atos de 8 de janeiro. Na quinta-feira que vem, deve falar à Câmara o próprio ex-secretário Anderson Torres, que segue preso.
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