Impasse entre líderes partidários atrasa instalação de comissões temáticas no Senado
Sem conseguir fechar um acordo com as lideranças partidárias, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), adiou para a próxima quarta-feira a eleição para o comando das 14 comissões temáticas da Casa...
Sem conseguir fechar um acordo com as lideranças partidárias, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), adiou para a próxima quarta-feira a eleição para o comando das 14 comissões temáticas da Casa.
Há dois grandes impasses: um envolvendo os partidos que deram sustentação à eleição de Pacheco — MDB, PSD, União Brasil e PT. E outro no bloco de oposição, formado por PP, PL e Republicanos.
Pela proporcionalidade partidária, o primeiro bloco ficará com a CCJ. O União Brasil quer indicar Davi Alcolumbre (União-AP), mas seu nome sofre resistências. O MDB já sinalizou que também pretende ocupar o posto, caso a sigla insista na indicação do ex-presidente do Senado.
Outro impasse diz respeito à Comissão de Agricultura. O União Brasil também quer o controle do colegiado, para entregá-lo a Soraya Thronicke. Alguns integrantes do bloco ponderam, no entanto, que a presidência da CCJ já contempla toda a bancada do União.
Caso o União de fato fique com a CCJ, a CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) tende a ficar com o PSD, com Vanderlan Cardoso (GO), enquanto o MDB recebe a Comissão de Relações Exteriores.
Há também focos de resistência entre partidos que compõem a base de Lula no Senado.
O PDT quer ter o controle da Comissão de Assuntos Sociais e indicar a senadora Leila Barros (DF). O colegiado, porém, é tradicionalmente do PT. Os petistas, inclusive, já indicaram o senador Humberto Costa (PE) para o posto, mas sem consultar os aliados.
Pacheco chegou a oferecer a Comissão de Meio Ambiente para o PDT, mas o partido não concordou.
Outro impasse diz respeito à Comissão de Educação. A senadora Eliziane Gama (MA) quer ficar à frente do colegiado, mas parlamentares dos partidos pró-Pacheco defendem que a comissão não fique nas mãos do PSD.
Além disso, o PL também quer ser contemplado na divisão dos colegiados. Como mostramos mais cedo, o grupo de Pacheco não quer ceder espaços nas comissões para os partidos que apoiaram a candidatura de Rogério Marinho.
“Não vamos discutir o nosso espaço. Queremos apenas que seja seguida a divisão proporcional entre as siglas”, disse a este site o líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ).
Pelo regimento interno, o bloco partidário de oposição deveria ocupar até quatro comissões temáticas na Casa. Uma já é de preferência do PL: a de Infraestrutura. O favorito para ocupá-la é o senador Wilder Morais (PL-GO).
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)