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O novo juiz responsável pelos processos da Lava Jato, Eduardo Appio (foto), alfinetou o senador Sergio Moro (União-PR) e o deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) pelo vazamento de conversas entre o ex-juiz e procuradores da Força Tarefa, episódio conhecido como Vaza Jato...
O novo juiz responsável pelos processos da Lava Jato, Eduardo Appio (foto), alfinetou o senador Sergio Moro (União-PR) e o deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) pelo vazamento de conversas entre o ex-juiz e procuradores da Força Tarefa, episódio conhecido como Vaza Jato.
Em entrevista ao Uol, o titular da 13ª Vara Federal de Curitiba disse não ter “o hábito de conversar secretamente por Telegram”. Para o magistrado, os diálogos entre o ex-juiz e os procuradores “erodiram a credibilidade” da operação.
“Sobre o rumo que a Força Tarefa vai adotar, não sei, porque não conversei ainda com os procuradores, a não ser durante as audiências, e não tenho o hábito de conversar secretamente por Telegram, WhatsApp, esse tipo de coisa”, afirmou.
“A Força Tarefa foi remodelada pelo procurador-geral Augusto Aras, que a meu ver foi criticado de forma injusta, porque vieram à luz aqueles diálogos da Vaza Jato. É inegável que aqueles diálogos contaminaram a credibilidade [da operação]. A questão tanto da Vaza Jato quanto o atual senador assumir o posto de ministro do governo Bolsonaro, praticamente no dia seguinte da eleição, são fatos que erodiram a credibilidade como um todo”, acrescentou.
Questionado sobre Lula, Appio disse que o petista “é inocente do ponto de vista do judiciário porque todas as condenações [contra ele] foram anuladas por incompetência do juízo.”
“A prisão do Lula, do ponto de vista técnico, estritamente processual, ela foi válida naquele momento, porque era baseada numa decisão do Supremo, que havia mudado radicalmente seu entendimento sobre a chamada execução provisória da pena criminal, que permitia que a pessoa começasse a cumprir pena antes de exaurir todos os recursos. Depois, o Supremo vem e muda o entendimento, quando muda, isso é considerado direito novo. Então do ponto de vista estritamente técnico a prisão não tinha sustentação jurídica, na minha opinião técnica sobre o assunto”, afirmou o juiz.
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