Gilmar defende responsabilizar redes sociais por discursos de ódio e fake news
O ministro do STF Gilmar Mendes (foto) defendeu que redes sociais sejam responsabilizadas pela propagação de discursos de ódio e pela divulgação de convocações envolvendo manifestações antidemocráticas, como a que culminou na invasão às sedes dos Três Poderes...
O ministro do STF Gilmar Mendes (foto) defendeu que redes sociais sejam responsabilizadas pela propagação de discursos de ódio e pela divulgação de convocações envolvendo manifestações antidemocráticas, como a que culminou na invasão às sedes dos Três Poderes. O magistrado se pronunciou sobre o tema em entrevista à GloboNews nesta terça (14).
“Um país desse tamanho, um país do tamanho do Brasil, com estrutura continental, tem que caminhar no sentido da responsabilização dos provedores. Eles prestam serviços aqui. Eles precisam ser responsabilizados aqui. E ter responsabilidade perante as nossas autoridades”, afirmou Gilmar.
O ministro mencionou que a convocação para os atos de 8 de janeiro ocorreu por meio de publicações em redes sociais e disse que plataformas demoraram para agir.
“Veja que eles [vândalos] tiveram toda a liberdade… para organizar o evento. E nada se fez. Os provedores não tomaram nenhuma providência, comunicaram isto, portanto monetizaram e tudo mais… eles aceitaram o pagamento de anúncio. No dia seguinte, depois de toda aquela tragédia, o que eles fizeram? Eles passaram a apagar. Veja, curioso: não cuidaram inicialmente, não tiveram um dever de cautela, e no dia seguinte saíram apagando as provas“, afirmou o magistrado.
“Isso é evidente que está errado e que nós precisamos cuidar disso. Eu acho que é tempo e acho que nesse momento isso é fundamental. Eu diria que essa é a mãe das batalhas”, acrescentou Gilmar.
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