Crusoé: “O jogo começou”
As vitórias de Arthur Lira e Rodrigo Pacheco no Congresso foram um alívio para Lula, mas obrigarão o governo a ceder espaços e dividir a mesa de decisões com interlocutores do Legislativo, diz a Crusoé...
As vitórias de Arthur Lira e Rodrigo Pacheco no Congresso foram um alívio para Lula, mas obrigarão o governo a ceder espaços e dividir a mesa de decisões com interlocutores do Legislativo, diz a Crusoé.
“Com Lira e a Câmara empoderados, Lula terá de negociar a cada nova agenda a ser enviada para a Câmara, seja para passar a reforma tributária ou a criação de uma âncora fiscal para substituir o teto de gastos. O presidente, assim, ficará refém do Centrão, que terá um enorme poder de barganha para pedir cargos e emendas. Uma demonstração desse poder foi dada nesta semana, quando Lira emplacou um de seus apadrinhados políticos, Jhonatan de Jesus (Republicanos-RR), como ministro no Tribunal de Contas da União. Com 39 anos, o afilhado de Lira deverá ficar no cargo, pelas regras atuais, até 2059.”
“No Senado, a vitória de Pacheco foi mais apertada. Dois dias antes, bolsonaristas começaram a fazer campanha ativa nas redes sociais e a anunciar que contavam os votos necessários para virar o placar, elegendo Roberto Marinho (PL-RN) para a presidência da Casa. Na quarta, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro circulou pelo salão azul para pedir votos ao candidato apoiado por seu marido, Jair Bolsonaro. Antes da votação, o terceiro candidato à presidência do Senado, o cearense Eduardo Girão (Podemos), fez um discurso de 15 minutos para, ao fim, abrir mão de sua candidatura e apoiar Marinho. Do lado oposto, Pacheco confessou que estava “queimando gordura” para vencer.”
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