À PF, Anderson Torres detalha plano de segurança para 8/1, responsabiliza PM e estranha “facilidade” de invasão ao Planalto
Em seu depoimento à Polícia Federal, Anderson Torres (foto), ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, alegou que as ações criminosas de 8 de janeiro aconteceram porque um protocolo de ações integradas não foi cumprido...
Em seu depoimento à Polícia Federal, Anderson Torres (foto), ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, alegou que as ações criminosas de 8 de janeiro aconteceram porque um protocolo de ações integradas não foi cumprido.
Depois da invasão aos prédios dos três Poderes em Brasília, uma semana depois da posse de Lula (PT) na Presidência, Torres foi acusado de “omissão dolosa” e teve sua prisão decretada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.
O ex-secretário de Segurança do DF afirmou que o protocolo de ações foi definido dois dias antes da invasão, em 6 de janeiro, numa reunião com a presença de representantes da PM-DF, do Senado, da Câmara e do STF, entre outros órgãos.
Entre as determinações do protocolo à Polícia Militar do Distrito Federal, prossegue Torres, estavam a execução de ações de policiamento ostensivo para manter a ordem pública, “conforme planejamento próprio da instituição”, e o veto “ao acesso de pessoas e veículos à praça dos Três Poderes, conforme tratado em reunião e no protocolo de ações” —o ex-secretário destacou a autonomia operacional da PM-DF em casos como esses.
No depoimento, o ex-ministro afirmou que só teve conhecimento pelo relatório do interventor no Distrito Federal (Ricardo Cappelli) de que não houve planejamento operacional prévio por parte da PM-DF. Disse não poder concluir pela prática de “sabotagem”, mas apontou “falha grave na execução operacional do plano”.
“O cumprimento da ordem e a execução do PAI 002/2023, conforme concebido e assinado pelo declarante [Anderson Torres], teria impedido os atos criminosos do dia 08/01; (…) se tivessem cumprido o plano assinado, esses fatos jamais teriam acontecido”, declarou o ex-secretário.
Torres disse ainda considerar o Palácio do Planalto “um dos prédios mais protegidos de Brasília” e afirmou que estranhava a “facilidade” com que os manifestantes invadiram e depredaram o prédio da Presidência.
LEIA AQUI a íntegra do depoimento de Anderson Torres.
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