Do Val diz que Silveira estava acompanhado de Bolsonaro quando propôs ação golpista
O senador Marcos do Val disse que, após as eleições do ano passado, recebeu uma proposta de ação golpista por parte do então deputado Daniel Silveira, que foi preso hoje pela Polícia Federal...
O senador Marcos do Val disse que, após as eleições do ano passado, recebeu uma proposta de ação golpista por parte do então deputado Daniel Silveira, que foi preso hoje pela Polícia Federal. O parlamentar afirmou ao G1 que o então presidente Jair Bolsonaro (PL) presenciou o diálogo.
Segundo Do Val, a proposta envolvia não desmobilizar os acampamentos bolsonaristas e gravar sem autorização alguma conversa que comprometesse o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.
“Eles me disseram: ‘Nós colocaríamos uma escuta em você e teria uma equipe para dar suporte, E você vai ter uma audiência com Alexandre de Moraes, e você conduz a conversa pra dizer que ele está ultrapassando as linhas da Constituição. E a gente impede o Lula de assumir, e Alexandre será preso'”, disse o senador, que anunciou sua renúncia nas redes sociais.
Segundo a Veja, a reunião sobre o plano ocorreu em 9 de dezembro. Do Val afirmou que pediu para analisar a proposta e responder em um segundo momento e que, na sequência, relatou o caso ao próprio ministro Alexandre de Moraes. A reportagem diz que Do Val enviou mensagens ao ministro no dia 12 daquele mês.
Na data, manifestantes tentaram invadir a sede da Polícia Federal, em Brasília. “Dia emblemático”, escreveu do Val para Moraes. Depois, em outro mensagem, ele disse: “Precisava falar como foi o encontro com o PR (presidente da República) e o DS (Daniel Silveira)”. O senador relatou a Moraes que os dois haviam lhe convidado do que ele chamou de “ação esdrúxula, imoral e até criminal“. Moraes então agendou o encontro pessoal para dali a dois dias. Do Val afirmou que o ministro considerou a proposta “um absurdo”.
Em 14 de dezembro, o senador escreveu para Silveira “Irmão, vou declinar da missão”, escreveu. O então deputado respondeu: “Entendo, obrigado”.
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