Crusoé: “Os dois eixos de Brasília”
Seja na posse do novo presidente, nas invasões da Praça dos Três Poderes ou agora, na eleição para presidentes das duas câmaras do Congresso Nacional, Brasília está sempre no noticiário. A vemos tantas vezes que esquecemos que foi concebida a partir de certos pressupostos estéticos que dialogam com um passado antigo, diz Josias Teófilo na Crusoé...
Seja na posse do novo presidente, nas invasões da Praça dos Três Poderes ou agora, na eleição para presidentes das duas câmaras do Congresso Nacional, Brasília está sempre no noticiário. A vemos tantas vezes que esquecemos que foi concebida a partir de certos pressupostos estéticos que dialogam com um passado antigo, diz Josias Teófilo na Crusoé.
“Não deixa de ser curioso que Brasília seja, ainda hoje, ao mesmo tempo, uma cidade pacata para se viver e o cenário dos embates da democracia brasileira – ou dos embates contra a democracia, diga-se. A grande chave do projeto de Brasília é a solução que Lúcio Costa deu a um antigo problema da arquitetura e do urbanismo. A monumentalidade da arquitetura leva a um desconforto do ser humano, ela não é acolhedora.”
“Na última cena do filme Cidadão Kane, o personagem principal, um homem rico, porém infeliz, vive seus últimos momentos na grande mansão que construiu – ele parece estar perdido ali, a dimensão da edificação e a abundância de objetos parece oprimi-lo. A escala monumental oprime o ser humano. Só que a escala humana não serve para os monumentos que representam a coletividade, o estado. Lúcio Costa resolveu esse problema com os dois eixos de Brasília que se cruzam: o monumental, dos prédios públicos estatais, e o rodoviário, da habitação e comércio.”
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