No Chile, não existe “sem anistia”
Com a chegada de Lula à presidência, movimentos de esquerda têm gritado "sem anistia" para possíveis crimes cometidos pelo governo Bolsonaro ou por bolsonaristas, como no 8 de janeiro. A situação é um pouco diferente no Chile e pode servir de alerta ao petista...
Com a chegada de Lula à presidência, movimentos de esquerda têm gritado “sem anistia” para possíveis crimes cometidos pelo governo Bolsonaro ou por bolsonaristas, como no 8 de janeiro. A situação é um pouco diferente no Chile e pode servir de alerta ao petista.
Em 30 de dezembro, o presidente Gabril Boric (foto), de esquerda e aliado de Lula, concedeu indultos a 12 manifestantes condenados por crimes cometidos na onda de protestos violentos de 2019.
As manifestações, contrárias a políticas do governo liberal de Sebastián Piñera e ao sistema previdenciário, se degeneram em atos de vandalismo, levando 400 pessoas à morte.
Boric, que entrou no cenário político como líder estudantil durante os protestos de 2019, também concedeu um indulto a um ex-guerrilheiro condenado por um assalto a banco em 2013.
O resultado desses indultos é a queda de popularidade.
Segundo pesquisa Plaza Pública CADEM de domingo (15), 43% dos chilenos acreditam que os indultos aos manifestantes devem ser revogados. O índice chega a 72% no caso do ex-guerrilheiro.
A aprovação do governo caiu dois pontos na semana anterior e está em 25%.
A ministra da Justiça, Marcela Ríos, e o chefe do gabinete presidencial, Matías Meza-Lopehandía, renunciaram no início de janeiro em decorrência dos indultos.
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