Atos golpistas em Brasília podem comprometer candidatura de Rogério Marinho
A invasão dos prédios dos três Poderes em Brasília pode ter feito a sua primeira vítima política: o ex-senador Rogério Marinho (PL-RN). Segundo cinco lideranças partidárias...
A invasão dos prédios dos três Poderes em Brasília pode ter feito a sua primeira vítima política: o ex-senador Rogério Marinho (PL-RN). Segundo cinco lideranças partidárias ouvidas por este site, a candidatura de Marinho para a presidência do Senado perdeu força e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) teria um caminho consolidado para ficar mais dois anos à frente do cargo.
Na avaliação desses líderes, como a candidatura de Marinho é um projeto pessoal do ex-presidente Jair Bolsonaro, qualquer vinculação com o bolsonarismo, ao menos nos próximos dias, é vista como prejudicial. Na visão dessas lideranças, a tendência é haver, momentaneamente, uma associação direta entre a violência dos atos de domingo e a postura do ex-mandatário.
Outra avaliação feita por parlamentares é que tanto Pacheco quanto Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, ganham força entre seus pares no instante em que passaram a encabeçar um movimento de defesa do parlamento. E isso, conforme lideranças ouvidas por este site, praticamente anula qualquer candidatura de oposição em ambas as casas.
Um terceiro fator que já compromete a candidatura de Marinho é que, após os atos, ele seria tachado de “radical” por senadores ao sinalizar positivamente em favor do impeachment de ministros do STF, uma pauta também defendida pelos golpistas.
Ao pedir votos para os senadores mais conservadores, o próprio Marinho já havia exposto a seus colegas dificuldades em defender esse tipo de pauta.
Apesar das dificuldades, o líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ), disse a este site que a candidatura de Marinho está mantida. Para ele, Marinho e não Pacheco teria condições de liderar um amplo projeto de pacificação nacional. “Até agora, o projeto de Pacheco não deu certo”, disse Portinho.
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