Em um ofício apresentado ao Supremo Tribunal Federal na noite desta terça-feira (10), o advogado-geral da União, Jorge Messias, pediu à Suprema Corte que atue para impedir novos atos golpistas marcados para esta quarta-feira (11). Ele pede a suspensão do direito à reunião, assim como a prisão em flagrante de todos os que lá estiverem.

Ao tratar da questão, Messias diz que “o País se encontra na iminência de entrar com [sic] grave situação”.

“O que se observa da postagem acima é nova tentativa de ameaça ao Estado Democrático de Direito, o qual deve ser salvaguardado e protegido”, escreveu Messias, “evitando-se para tanto o abuso do direito de reunião, utilizado como ilegal e inconstitucional invólucro para verdadeiros atos atentatórios ao Estado Democrático de Direito”.

O pedido foi feito ao ministro Alexandre de Moraes em uma ação que trata dos bloqueios de caminhoneiros em estradas no ano de 2018 – e que foi usada por Moraes para desbloquear estradas ocupadas por bolsonaristas no final de outubro.

O documento anexa também mensagens retiradas de grupos de Telegram nos quais  bolsonaristas radicais articulam as suas ações. Todas, no entanto, são datadas até o domingo (8), dia das principais invasões em Brasília. Estão marcadas novas reuniões de bolsonaristas para esta quarta (11).