Com o fim das discussões sobre a PEC da Gastança, o mercado começa lentamente a voltar a atenção para dados econômicos. Nesta sexta-feira dois indicadores devem mexer com as curvas de juros no Brasil e no mundo.

Às 9h, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga o IPCA-15 – também conhecido como prévia da inflação oficial do Brasil. De acordo com o consenso Bloomberg, a mediana das expectativas entre os 45 economistas consultados é de que o índice apresente leve aceleração na leitura mensal, de 0,53% em novembro para 0,54% neste mês. O dado anual deve reforçar a trajetória de desaceleração da pressão sobre os preços, passando de 6,17% para 5,93%.

Vale lembrar que números abaixo do esperado devem reforçar o movimento de queda nos juros futuros observados nos últimos dias. Além disso, podem ter efeito benéfico também para os ativos negociados na Bolsa de Valores de São Paulo.

Além disso, os investidores locais também acompanham a possível confirmação do senador petista Jean Paul Prates para a presidência da Petrobras. A indicação pode mexer com a cotação do papel e afetar o Ibovespa como um todo, uma vez que a empresa representa cerca de 15% do índice acionário.

É importante ressaltar que a indicação do parlamentar pode esbarrar em limitações prevista na Lei das Estatais e no Estatuto da Petrobrás. Ambas as normas vedam a nomeação “de pessoa que atuou, nos últimos 36 (trinta e seis) meses, como participante de estrutura decisória de partido político”, além de “pessoa que atuou, nos últimos 36 (trinta e seis) meses, em trabalho vinculado a organização, estruturação e realização de campanha eleitoral”.

Nos Estados Unidos, o PCE (Índice de Despesas de Consumo Pessoal), que é o indicador inflacionário observado pelo FED (Federal Reserve), mostra a leitura para o mês de novembro, às 10h30. A expectativa dos economistas aponta para uma desaceleração do núcleo do índice dos 5% registrados em outubro para 4,6% no levantamento atual.