Senado diz que ainda não se sabe como e de onde veio óleo que contaminou praias
A comissão do Senado Federal destinada a investigar o vazamento de óleo que atingiu mais de 2 mil quilômetros da costa brasileira em agosto de 2019 apresentou, nesta sexta-feira (4), o relatório final das investigações...
A comissão do Senado Federal destinada a investigar o vazamento de óleo que atingiu mais de 2 mil quilômetros da costa brasileira em agosto de 2019 apresentou, nesta sexta-feira (4), o relatório final das investigações. Em 119 páginas, os parlamentares não conseguem concluir a origem da tragédia ambiental, mas acusam o governo de Jair Bolsonaro de omissão sobre o gerenciamento da crise.
“A autoria, a data de ocorrência, as causas e a extensão do desastre ambiental ainda não foram esclarecidas”, escreve os senadores Jan Paul Prates (PT-RN) e Fabiano Contarato (PT-ES), autores do relatório final. “Análises independentes, como as realizadas por instituições de pesquisa, têm apontado para resultados diferentes dos que são anunciados pelo governo federal”. O governo alega que o vazamento ocorreu por um navio que saiu da Venezuela rumo à África do Sul.
Das 17 conclusões que a comissão chega, 16 apontam alguma omissão ou erro cometido pelo governo de Jair Bolsonaro, então em seu primeiro ano de mandato. Os senadores partem de conclusões mais amplas (como “o Brasil não dispõe de um sistema de monitoramento eficaz, ativo e contínuo dos seus mares”) a questões específicas: o auxílio financeiro a afetados teria sido insuficiente, e a postura de não aceitar ajuda de outros países também foi criticada.
A comissão ainda recomenda ações para os ministérios da Saúde, das Relações Exteriores, da Agricultura, do Meio Ambiente, da Defesa e da Ciência e Tecnologia.
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