Bolsonaro cita A Curva de Laffer
Ontem (19), Bolsonaro fez uma participação no programa de entrevistas em O Antagonista, o CD Talks. Dentre os diversos temas abordados nas mais de duas horas de conversa, o candidato citou alguns pontos econômicos interessantes de serem melhor explorados...
Ontem (19), Bolsonaro fez uma participação no programa de entrevistas em O Antagonista, o CD Talks. Dentre os diversos temas abordados nas mais de duas horas de conversa, o candidato citou alguns pontos econômicos interessantes de serem melhor explorados.
O primeiro foi a Curva de Laffer. E não, Bolsonaro não estava se referindo ao clássico MP Lafer fazendo uma curva, mas à teoria econômica escrita por Arthur Laffer em que se teoriza o ponto máximo de arrecadamento que um Estado pode alcançar.
Nela, o incremento dos impostos gera crescimento de arrecadação, mas não de forma infinita. A partir de um certo ponto, ainda muito discutido e que pode variar de economia para economia, o aumento dos impostos passa a gerar redução de arrecadação. Isso acontece tanto porque a economia passa a se retrair, pois há um desincentivo a se empreender e consumir como porque há um crescimento natural na sonegação fiscal.
Para ele, a economia brasileira já teria atingido este patamar e isso os motivou a fazer mudanças pontuais nos tributos. A grande evolução aqui é ver um candidato debatendo e fazendo uso desse aparato para a tomada de decisões, algo incomum.
Um segundo ponto importante comentado durante a conversa foi o reconhecimento do candidato de que sua opinião sobre as privatizações mudou. No passado, foi e votou contra as pautas privatizantes e hoje as apoia.
Neste ponto, o respaldo econômico é ainda mais simples, empresas sobre o domínio público historicamente são extremamente ineficientes, tanto para entregar resultados econômicos para o Estado como para entregar o melhor produto possível para a população, daí as privatizações.
A entrevista aconteceu num momento oportuno para o candidato: o Datafolha publicado hoje indicou uma maior aproximação dos candidatos. Também circula pelo mercado de que o tracking do próprio candidato o indica, pela primeira vez, na frente. Além de um famoso consultor ter indicado que Bolsonaro já estaria 17 pontos na frente de Lula em Minas Gerais, um importantíssimo polo.
Caso queira assistir a entrevista na íntegra, clique aqui.
Nícolas Merola, analista CNPI na Inv Publicações.
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