Elias Maluco no buraco
“Os mandados coletivos de busca e apreensão estão na berlinda agora, em tempos de intervenção federal, mas não são exatamente uma coisa nova”, diz Carla Rocha, em O Globo. Elias Maluco, o assassino de Tim Lopes, só foi preso porque uma medida análoga foi aprovada pela Justiça...
“Os mandados coletivos de busca e apreensão estão na berlinda agora, em tempos de intervenção federal, mas não são exatamente uma coisa nova”, diz Carla Rocha, em O Globo.
Elias Maluco, o assassino de Tim Lopes, só foi preso porque uma medida análoga foi aprovada pela Justiça.
“O mês era setembro, do mesmo ano de 2002. O governo era do PT. A governadora Benedita da Silva, após todos os esforços, tinha prendido alguns peixes pequenos que agiram sob as ordens de Elias Maluco, mas ele ainda estava foragido, após três meses de buscas. A cúpula da segurança apelou, então, para o mandado coletivo de busca e apreensão. Sob fortes protestos, na época. A medida era, até onde se sabia, inédita.
Mais de 500 policiais ocuparam o Alemão. A Justiça havia deferido o pedido de busca em larga escala. A polícia tinha autorização para entrar em 10 mil moradias. A varredura começou numa segunda-feira e, se não me engano, só acabou quatro dias depois. No meio da semana, encontraram Elias Maluco, que estava há dias num buraco dentro de uma casa.”
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