The Economist pede voto em Lula, mas cobra ação rumo ao centro
A revista britânica The Economist defendeu nesta terça-feira (4) o voto em Lula (foto) no 2º turno das eleições. Em uma análise publicada hoje sobre a votação de domingo (2), a revista escreveu que "um segundo mando para tal homem [Jair Bolsonaro] seria ruim para o Brasil...
A revista britânica The Economist defendeu nesta terça-feira (4) o voto em Lula (foto) no 2º turno das eleições. Em uma análise publicada hoje sobre a votação de domingo (2), a revista escreveu que “um segundo mandato para tal homem [Jair Bolsonaro] seria ruim para o Brasil e para o mundo. Apenas Lula pode prevenir isso.”
No entanto, os analistas da revista cobram que o petista acene para as forças do centro do espectro político brasileiro.
“Para convencer eleitores indecisos de que ele pode ser confiável e de uma futura prosperidade, [Lula] deveria se mover para mais perto do centro. Ele deveria publicamente nomear um economista moderado como sua escolha para ministro”, diz a revista.
“Ele deveria assegurar a fazendeiros que não tolerará invasões de terra organizados por movimentos sociais próximos do seu partido (que não são tão comuns quanto os fazendeiros dizem e temem). Ele deveria prometer não nacionalizar nenhuma indústria. Ele deveria parar de brincar com a perigosa ideia de interferir na liberdade de imprensa brasileira.”
A revista conclui que a manobra seria útil para o próprio Lula. “Muitos dos aliados de Bolsonaro venceram corridas para o Congresso ou governo. Para que Lula garanta uma maioria legislativa, ele precisará da ajuda do centro.”
Para Bolsonaro, a revista — que reservou ao presidente brasileiro uma capa recente — disse que ele, um populista como Donald Trump, “mente como quem respira e vê conspirações em todo lugar”. Os britânicos apostam que, independentemente do resultado, o próximo mês será de tensão no país.
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