Financiamento feminino da candidatura de Jorginho Mello em SC vai parar na Justiça
A coligação formada por PP, PSDB, Cidadania e PTB ingressou com uma ação no Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina para tentar cassar o registro de candidatura ao governo do estado do senador Jorginho Mello (PL) e de sua vice delegada...
A coligação formada por PP, PSDB, Cidadania e PTB ingressou com uma ação no Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina para tentar cassar o registro de candidatura ao governo do estado do senador Jorginho Mello (PL) e de sua vice delegada Marilisa Boehm (PL) por indícios de irregularidades no uso do fundo partidário.
A coligação compõe a base de apoio do também candidato ao governo Esperidião Amim (PP).
Conforme O Antagonista revelou com exclusividade, candidatos do PL ao governo em pelo menos quatro estados têm, como principal fonte de financiamento, recursos repassados por mulheres que cumprem a função de vice nas chapas majoritárias. Um dos casos citados por esse site foi justamente de Jorginho Mello.
Ele não recebeu aporte da executiva nacional do PL para a sua candidatura, mas obteve R$ 9 milhões da sua vice, delegada Marilisa.
Na denúncia apresentada há pouco ao TRE de Santa Catarina, os advogados da coligação afirmam que a centralização dos gastos na campanha de Jorginho Mello, principalmente relacionados à produção de jingles e programas, comprova que a candidata a vice está “completamente afastada dos holofotes, e não lhe é conferida a visibilidade política, ainda que mínima”.
Nas peças, a vice não aparece e perde espaço, até, para o candidato ao Senado da chapa: o ex-secretário da Pesca bolsonarista Jorge Seif.
“A verdade é que a sua candidata à vice foi deixada de lado na maioria avassaladora das peças e ações publicitárias veiculadas. Trata-se de uma exposição sistemática e reiterada (como feijão-com-arroz, usando o jargão usando por um de seus jingles) entre o candidato Jorginho, o Presidente Bolosonaro e o candidato ao Senado Jorge Seif”, afirmam os advogados.
A estratégia adotada por Mello e outros candidatos do PL é vista por especialistas em Direito Eleitoral como um subterfúgio para driblar a regra de financiamento de candidaturas femininas. Por lei, aproximadamente 30% do fundão eleitoral deve ser destinado para custear a participação das mulheres no processo eleitoral.
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