A B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) fechou a sessão desta quinta (22) em alta de 1,91%, aos 114.070 pontos, descolada do pessimismo das Bolsas norte-americanas, que registraram quedas.

O dólar se valorizou contra boa parte das moedas internacionais em razão da alta dos juros nos EUA, mas não conseguiu reduzir o otimismo com o real, que registrou o segundo melhor desempenho entre as moedas emergentes —com alta de mais de 1%, ele foi negociado a US$ 5,11.

Uma leve alta das commodities no meio do dia, com minério de ferro e petróleo tipo Brent subindo quase 1%, também ajudou a manter os mercados mais positivos no Brasil.

Além disso, o anúncio da Petrobras de redução no preço do gás de cozinha, no início da tarde, serviu como sinalização aos investidores de mais um evento desinflacionário na economia e puxou as taxas de juros ainda mais para baixo.

O movimento ignorou o tom considerado mais duro que o esperado do Banco Central no comunicado de ontem, quando a autarquia anunciou a interrupção do ciclo de alta da Selic. Para se ter uma ideia, o rendimento dos papéis com vencimento em 2024 recuou 0,3% e fechou a 12,78% ao ano, movimento considerado bastante incomum para a renda fixa.