As doações privadas para a reeleição de Jair Bolsonaro e para a campanha do ex-ministro Tarcísio de Freitas, candidato ao governo de São Paulo, superam os recursos obtidos por ambos até o momento por meio do fundão eleitoral.

Dados divulgados pela Justiça Eleitoral e compilados por O Antagonista mostram que a campanha à reeleição já tem R$ 10,8 milhões de fundos de origem privada, cerca de 52% do total.

Os maiores apoiadores são empresários do agro, com aportes individuais que chegam a R$ 1 milhão. O ex-piloto Nelson Piquet, com uma doação de meio milhão de reais, é um dos entusiastas da candidatura.

Tarcísio de Freitas arrecadou R$ 4,8 milhões por meio de doações privadas – 51,8% do total de recursos que tem à disposição até o momento. Entre eles, até descendentes do coronel Brilhante Ustra entraram no bonde.

Outros candidatos bolsonaristas ainda não conseguiram capitanear apoios substanciais nesse sentido. Marcos Pontes recebeu apenas R$ 193 mil de investidores na disputa ao Senado, 4,6% do que tem disponível até o momento.

No Rio Grande do Sul, Onyx Lorenzoni e Hamilton Mourão conseguiram R$ 440 mil para o governo do estado e R$ 370 mil para o Senado, respectivamente. No caso de Mourão, o dinheiro de apoiadores não chega a 12%; em relação a Onyx, os aportes privados chegam a 5%.

Flávia Arruda (PL), que concorre ao Senado pelo Distrito Federal, tem R$ 3,38 milhões em caixa, mas as doações privadas não chegam a 10%. Damares Alves (Republicanos), que concorre ao mesmo cargo, tem R$ 3,19 milhões – tudo do Fundão Eleitoral.

Bia Kicis (PL) tenta o segundo mandato de deputada – menos de 1% do que arrecadou até o momento é recurso privado.

Em Pernambuco, o ex-ministro do Turismo Gilson Machado conseguiu R$ 253 mil em doações de pessoas físicas até o momento – 11,2% dos R$ 2,2 milhões que ele tem para utilizar.