A verdade está lá fora
Já avisei aqui antes e repito. Quer entender como será um novo governo do PT? Basta olhar para o que está acontecendo nos vizinhos latino-americanos de esquerda. Quanto mais antigo o governo, mais dramática é a situação política, econômica e social. São todos regimes de força, travestidos de democracias...
Já avisei aqui antes e repito. Quer entender como será um novo governo do PT? Basta olhar para o que está acontecendo nos vizinhos latino-americanos de esquerda. Quanto mais antigo o governo, mais dramática é a situação política, econômica e social. São todos regimes de força, travestidos de democracias.
Para ficar no exemplo mais recente.
Nicolás Maduro, sobre quem não pairam dúvidas, sugeriu ontem a Cristina Kirchner que adote na Argentina a “Lei contra o ódio”, que prevê penas de até 20 anos de cadeia e que vem sendo aplicada sem dó na Venezuela contra opositores e veículos de comunicação críticos.
Travestida de regulação da mídia — ideia que não sai da cabeça de Lula –, a lei também oficializa a censura, permitindo que o governo retire licenças de TVs e rádios, bloqueie sites e delete conteúdos.
Em relatório publicado no ano passado, a ONG Espacio Público alertou para os tipos “penais vagos e amplos” do texto aprovado pela Constituinte de 2017.
“Foram registrados ao menos 45 casos em que se invocou a ‘lei contra o ódio’, derivando em 101 violações à liberdade de expressão e opinião.” Além do assédio judicial, foram realizadas 36 prisões e 10 ações de censura. As vítimas de arbítrio somam mais de 60 pessoas, entre jornalistas, ativistas e cidadãos em geral.
Maduro justifica sua ideia, afirmando que o atentado contra Kirchner é resultado de uma “guerra psicológica” por parte “dos que possuem grandes meios de comunicação e grandes redes sociais”. Segundo ele, é preciso construir uma “nova hegemonia cultural, política, de paz, tolerância e democracia”.
“Depois de tanto tempo, posso dizer que hoje a Venezuela é outra”, comemora.
Em entrevista a uma rádio argentina, ele disse que o chavismo “construiu uma consciência crítica no povo da Venezuela sobre os conteúdos dos meios de comunicação e das redes”. “Uma consciência cheia de valores, para que a sociedade entre no combate das ideias, da simbologia, defenda os valores da paz, da democracia, e denuncie campanhas pornográficas e de ódio, de exclusão e de morte.”
Depois, vocês nem poderão dizer que eu não avisei.
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