Alexandre Soares Silva, na Crusoé: “Os caolhos blasfemadores”
Em artigo para a edição da Crusoé desta sexta (19), Alexandre Soares Silva (foto) analisa a ideia de "blasfêmia" no contexto do atentado a Salman Rushdie, que foi esfaqueado múltiplas vezes por um jovem muçulmano e admirador do fundamentalista autocrata iraniano aiatolá Khomeini...
Em artigo para a edição da Crusoé desta sexta (19), Alexandre Soares Silva (foto) analisa a ideia de “blasfêmia” no contexto do atentado a Salman Rushdie, que foi esfaqueado múltiplas vezes no dia 12 por um jovem muçulmano e admirador do fundamentalista autocrata iraniano aiatolá Khomeini.
“Nunca quis matar um escritor. Nem machucar, apunhalar no olho etc. É estranho isso? Estou deixando de participar de um sentimento universal?
No máximo quis dizer, e disse, umas palavras depreciativas sobre um ou outro. Zombar, zombei, sim, certamente, certamente. Mas sempre reservei as fantasias de assassinato para as pessoas que realmente merecem, como as que ouvem música alto na praia ou gente que fala berrando no celular em lugares públicos. Todas as minhas fantasias de assassinato envolvem barulho.”
“Mas fantasiar com assassinato de autores acho um pouco de histeria demais, quanto mais sair por aí tentando praticá-lo. Chega a ser ridículo. Sim, olhe-se no espelho um momento, terrorista islâmico. É ridículo você assim brandindo uma faca, como um sous-chef ofendido por causa do ponto de uma pappardelle ai vongoli.”
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